Um petista a favor do enfrentamento ao Comando Vermelho?
Prefeito de Maricá e vice-presidente do PT, Washington Quaquá diz que "ninguém enfrenta fuzil com beijinhos"
 
                        Prefeito de Maricá (RJ) e vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá publicou um vídeo com críticas à Operação Contenção, que resultou na morte de mais de 120 pessoas no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Mas suas ressalvas à megaoperação são diferentes das dos colegas de partido.
"Ninguém enfrenta fuzil com beijinhos. O senhor enfrenta fuzil dando tiro em quem está com fuzil. Então, quem morreu no meio da mata portando fuzil morreu numa guerra", diz o petista no vídeo postado em seu perfil no Instagram.
"Infelizmente, a guerra podia ter sido mais bem planejada, podia ter sido feita uma ação com muito mais planejamento, fechando o morro, indo sufocando aos poucos o morro até conquistar, dominar o território. Agora, o mais importante, o território não pode ser um território de guerra. Território que tem que tem que ter urbanização, tem que ter cultura", segue o prefeito.
O vídeo foi acompanhado pelo seguinte comentário no Instagram:
"Minha opinião sobre a operação de ontem no Rio. Precisamos unir Estado, Governo Federal, Municípios, STF, Legislativo e todos nesse combate, ou vamos continuar enxugando gelo. O território tem que ser retomado, as pessoas têm que ser libertadas dos fuzis, mas não adianta operação dia sim, dia também, sozinha, sem mais nada.
Quero também prestar minha solidariedade às famílias dos policiais mortos na operação. verdadeiros herois que tombaram em combate contra o crime organizado, e a toda população decente e trabalhadora do Complexo da Penha, as maiores vítimas dessa violência que precisa ter um fim."
Governo Lula
A abordagem de Quaquá é bem distinta da do governo Lula e de seus colegas de PT. O presidente se limitou a postar um texto milimetricamente calculado para interromper seu constrangedor silêncio sem causar mais estragos, enquanto seus ministros semeiam dúvidas sobre a qualidade e legitimidade da operação.
Guilherme Boulos pediu um minuto de silêncio "por todas as vítimas dessa operação do Rio de Janeiro" durante a cerimônia de sua posse como ministro da Secretaria_Geral da Presidência.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, falou em "operação extremamente cruenta" e atuou como porta-voz de Lula ao dizer que o presidente ficou "estarrecido" e "surpreso" com a operação.
Já a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, classificou a operação como "um fracasso" e prometeu uma "perícia independente e autônoma" para averiguar a conduta dos policiais no confrontos com os membros do Comando Vermelho.
Leia mais: Marcinho VP pede paz
 
                            
                         
                     
                                                                     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
   
   
  
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)