Trump recebe sinal verde para mudar política de vistos
Trabalhadores qualificados terão de pagar uma taxa de 100 mil dólares, o equivalente a 551 mil reais, para trabalhar nos EUA
A juíza federal americana Beryl Howell, de Washington, D.C., autorizou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto), a seguir adiante com sua nova política para os vistos H-1B.
Os vistos H-1B permitem que trabalhadores estrangeiros com qualificações específicas (cientistas, engenheiros e programadores de informática, entre outros) trabalhem nos Estados Unidos.
Com o sinal verde da Justiça, Trump poderá cobrar uma taxa de 100 mil dólares (o equivalente a 551 mil reais) para quem quiser pedir um novo visto H-1B.
Assim, Trump deve acabar com os sorteios de vistos H-1B para estrangeiros qualificados.
A medida de Trump foi anunciada em setembro, mas opositores e empresas de tecnologia tentaram impedir a mudança na Justiça, alegando que uma mudança abrangente como essa não estaria ao alcance do presidente.
Segundo a juíza, contudo, a taxa cobrada para o visto "baseia-se em uma interpretação simples das leis do Congresso que conferem ao presidente ampla autoridade para regular a entrada nos Estados Unidos tanto de imigrantes quanto de não imigrantes".
A política de vistos, de acordo com a juíza, é atribuição do presidente.
A taxa de 100 mil dólares será cobrada uma única vez, para quem ainda não tem o visto H-1B.
A justificativa do governo Trump para a alteração foi de que uma mudança era necessária para prevenir "abusos" do sistema e para incentivar empresas a treinar trabalhadores americanos, em vez de contratar estrangeiros, principalmente indianos.
O aumento do rigor nas concessões de visto para trabalhadores especializados rachou a base do trumpismo no passado.
De um lado, ficaram os nacionalistas, como Steve Bannon, do movimento Make America Great Again (MAGA), que têm uma visão protecionista e veem a imigração como uma ameaça.
De outro, ficaram os empreendedores de tecnologia e empresários do Vale do Silício, como Elon Musk, dono da Tesla e do X.
Esse segundo grupo entende que a entrada de imigrantes qualificados ajuda a economia americana, agrega conhecimento e incentiva as inovações tecnológicas.
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