Trump aplica novas sanções a juízes do TPI por ações contra Israel
Departamento de Estado reage ao mandado de prisão expedido contra Benjamin Netanyahu e ex-ministro da Defesa de Israel

O Departamento de Estado americano informou a aplicação de novas sanções a quatro juízes do Tribunal Penal Internacional (TPI) por ações contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da defesa Yoav Gallant e tropas americanas no Afeganistão.
Os atingidos são Kimberly Prost, do Canadá, Nicollas Guillou, da França, Nazhat Khan, de Fiji, e Mame Niang, do Senegal.
"Esses indivíduos são estrangeiros que se envolveram diretamente nos esforços do Tribunal Penal Internacional (TPI) para investigar, prender, deter ou processar cidadãos dos Estados Unidos ou de Israel, sem o consentimento de nenhuma das nações.
Os Estados Unidos têm sido claros e firmes em sua oposição à politização, ao abuso de poder, ao desrespeito à nossa soberania nacional e à ilegítima interferência judicial do TPI. O Tribunal é uma ameaça à segurança nacional e tem sido um instrumento de guerra jurídica contra os Estados Unidos e nosso aliado próximo, Israel", diz trecho da publicação oficial.
Em junho, a mesma medida já havia sido adotada contra quatro juízes do TPI por participação no mesmo processo.
Com isso, os magistrados ficarão proibidos de entrar nos Estados Unidos.
Mandados de prisão
No ano passado, o TPI emitiu mandados de prisão para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e contra a humanidade em Gaza.
O pedido foi emitido pelo procurador britânico, Karim Khan, que afastou-se temporariamente do cargo por ser alvo de uma investigação externa sobre assédio sexual a uma antiga funcionária.
Segundo o órgão internacional, a Câmara encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant “têm responsabilidade criminal pelos seguintes crimes como coautores por cometerem os atos em conjunto com outros: o crime de guerra de fome como método de guerra; e os crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
Em resposta, Netanyahu afirmou que a medida de Khan era uma tentativa de “salvar sua pele das sérias acusações de assédio sexual” e classificou o mandado como “ódio antissemita a Israel“.
Americanos no Afeganistão
Os juízes sancionados pelos Estados Unidos autorizaram investigações sobre supostos abusos cometidos por membros do exército americano no Afeganistão.
Eles foram acusados de crimes de guerra.
A decisão gerou uma forte reação de Washington, que defende a soberania de seu sistema judiciário.
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