Reação ao Mais Médicos: agora o Brasil pode se orgulhar
Por aqui, Cuba se deu muito mal: imprensa, sociedade civil e políticos se articularam para repudiar e impedir a escravidão

A ditadura cubana afirma com orgulho que suas missões médicas já foram enviadas para 165 países desde 1963.
O dado é surpreendente, uma vez que existem cerca de duzentos países no mundo.
Pode até ser. Os profissionais cubanos enviados ao exterior sob a condição de escravidão hoje são a principal fonte de renda da ilha comunista.
Mas em nenhum desses países Cuba se deu tão mal quanto no Brasil.
Os gerontocratas podem ter ganho muito bilhões de dólares com a exploração de subanos em solo brasileiro, mas também foram duramente criticados e denunciados internacionalmente pelas violações de direitos humanos.
Em 2018, Cuba preferiu deixar o programa, porque percebeu que não poderia mais explorar seus cidadãos após a eleição de Jair Bolsonaro, que prometia pagar diretamente os médicos, sem intermediários.
O cancelamento dos vistos americanos de Mozart Salles, Alberto Kleiman e da família de Alexandre Padilha (foto) mostram que a resistência brasileira ainda gera efeitos.
Desembarque
Assim que os cubanos começaram a descer dos aviões fretados de jaleco branco e bandeirinhas de Cuba e do Brasil, jornalistas já notaram algo estranho.
Os profissionais foram escoltados por homens do Exército e da Marinha durante os procedimentos de imigração e alfândega.
Do aeroporto, seguiram para alojamentos das Forças Armadas.
Jornalistas não tiveram acesso direto aos médicos, apenas aos representantes escolhidos pela ditadura. Incomodados, registraram suas observações.
Dezenas de reportagens foram publicadas denunciando a vigilância dos cubanos e as condições precárias de trabalho.
Em fevereiro de 2014, a cubana Ramona Matos abandonou o programa, reclamando que não recebia o mesmo valor dos demais estrangeiros.
Sua decisão recebeu enorme cobertura na mídia e Ramona foi levada ao Congresso, onde foi acolhida por parlamentares.
Retirada cubana
Em 2018, a ONG Human Rights in Cuba e a Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) iniciaram uma campanha para ajudar os cubanos que integravam o Mais Médicos a permanecer no Brasil.
Apenas um dia depois de Havana de abandonar o programa, a equipe começou a dar orientações aos médicos e apoio jurídico de forma totalmente gratuita.
Mais de 2 mil médicos preferiram ficar no Brasil a retornar para a ditadura.
No governo de Jair Bolsonaro, o programa seguiu com outro nome, Médicos pelo Brasil, pagamento igualmente a todos os profissionais com diploma ou aprovados pelo Revalida.
Em 2021, cubanos criaram a primeira associação de direitos humanos no Brasil, a Associação de Cubanos Livres, ACL.
Reedição com Lula
Quando Lula, em seu terceiro mandato, tentou reeditar o Mais Médicos nos moldes antigos, o Congresso o desafiou.
Em março de 2023, o deputado Rodrigo Valadares, do União Brasil, emplacou a "emenda anti-Cuba" na medida provisória do Mais Médicos, afirmando que não haverá pagamento ou tratamento diferenciado entre brasileiros e médicos estrangeiros.
A igualdade de condições inviabilizou que a ditadura pegasse um naco do salário dos cubanos.
O programa Mais Médicos segue atendendo brasileiros que precisam de assistência médica. Desta vez, sem escravizar ninguém.
A democracia brasileira pode se orgulhar dessa.
Escravidão, nunca mais.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
Andre Luis Dos Santos
2025-08-15 22:08:08Como é lindo e divertido ver os PTralhas se fuderem. O que mais me deixa indignado é a classe "intelectual" brasileira canalha, que ainda defende essa escória que é o PT.