Por que Eduardo Bolsonaro não terá um passaporte de apátrida
Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro teve o mandato cassado por excesso de faltas e o passaporte diplomático cancelado
Eduardo Bolsonaro (foto) teve o mandato cassado na semana passada por extrapolar o limite permitido de faltas na Câmara dos Deputados.
Com isso, ele irá perder seu passaporte diplomático, documento que usou para entrar nos Estados Unidos com a família.
Em entrevista para o SBT News, o político filho do ex-presidente Jair Bolsonaro falou sobre sua situação nos Estados Unidos.
"Assim que eu perder meu mandato, dentro de 30 ou 60 dias, tenho que devolver meu passaporte diplomático. Vou ficar sem passaporte brasileiro. Mas já adianto que estou vacinado. Isso não me impediria de fazer outras saídas internacionais porque tenho outros meios para fazê-lo ou quem sabe até correr atrás de um passaporte de apátrida. Vamos ver como isso acontece", disse Eduardo.
Segundo Eduardo, uma ordem foi dada para que a embaixada e os consulados brasileiros nos Estados Unidos não emitam passaporte para ele. Essa história, segundo ele, ainda precisaria ser confirmada.
No domingo, 21, Eduardo divulgou nas redes sociais um comunicado que recebeu do Itamaraty informando sobre o cancelamento de seu passaporte diplomático.
"Diante da vacância do cargo por perda de mandato (...) comunico (...) o cancelamento dos seus passaportes diplomáticos", diz a mensagem oficial.
"Solicito, por gentileza, a devolução dos referidos passaportes para que o Ministério das Relações Exteriores tome as devidas providências. Ressalto, de toda forma, que os passaportes diplomáticos já estão cancelados a partir desta data", segue o comunicado.
Eduardo ficou sem seu passaporte diplomático, mas está livre para ir a qualquer consulado brasileiro nos Estados Unidos ou na embaixada em Washington para pedir um passaporte de brasileiro.
Com esse documento, ele pode permanecer nos EUA e viajar a outros países.
Eduardo não perdeu sua nacionalidade e nem seus direitos como brasileiro.
Como ele foi cassado por faltas e não teve condenação na Justiça, Eduardo também mantém seus direitos políticos e pode tentar se eleger novamente.
"Apátrida", por outro lado, são pessoas que não têm sua nacionalidade reconhecida por nenhum país, o que não é o caso de Eduardo.
Durante a presidência de seu pai, Eduardo foi cogitado para ser o embaixador brasileiro nos Estados Unidos.
Mas seu conhecimento sobre as regras diplomáticas, como se vê, não é dos melhores.
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