Pesquisa indica instituições em que os brasileiros mais confiam
Quaest aponta que os brasileiros continuam confiando mais em instituições de fé e força do que em instituições democráticas

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira, 8, indica que os brasileiros continuam confiando mais em instituições de fé e força do que em instituições democráticas.
Segundo o levantamento, a entidade com maior nível de confiança no país é a Igreja Católica, com 73%, seguida por Polícia Militar, 71%; "militares/Forças Armadas", 70%; e igrejas evangélicas, 65%.
A Presidência da República, por sua vez, é confiável para 54%; o Supremo Tribunal Federal, 50%; o Congresso, 45%; e os partidos políticos, 36%.

A pesquisa mostra que houve uma piora generalizada no grau de confiança institucional nos últimos quatro anos.
Em novembro de 2022, o saldo de confiança na Polícia Militar era de 63 pontos. Em agosto de 2025, ele caiu para 43.
O da Igreja Católica caiu de 59 para 48 pontos, enquanto o das Forças Armadas recuou de 61 para 42.
O saldo de confiança no STF passou de 16 para 3.
Saldo negativo
O Congresso, por sua vez, aparecia com saldo positivo de 12 pontos em 2022.
Em agosto de 2025, o saldo ficou em menos sete, mostrando que a desconfiança dos brasileiros no Poder Legislativo é maior do que a confiança.
Os partidos políticos já eram vistos com desconfiança em 2022, com saldo negativo de menos 14. No mês passado, a diferença foi para menos 27.
Presidência da República
A confiança na Presidência só foi medida pelo instituto a partir de agosto de 2023.
Mas, assim como nas demais instituições, ela também registrou queda.
O saldo de confiança na Presidência, atualmente comandada por Lula, passou de 26 para 10.

Igrejas evangélicas
No caso das igrejas evangélicas, a desconfiança aumentou especialmente entre eleitores de Lula em 2022.
Segundo o levantamento, 68% dos entrevistados que votaram no petista confiavam nelas em julho de 2024, ante 58% em agosto de 2025.
Entre os eleitores de Jair Bolsonaro em 2022, o grau de confiança oscilou de 76% no ano passado para 74% neste ano.
A desconfiança subiu de 20% para 24% no período.
A Quaest ouviu 12.150 pessoas entre 13 e 17 de agosto. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
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