Os números do protesto contra o PL da Dosimetria
Atos promovidos pela esquerda reuniram menos gente do que os protestos contra a PEC da Blindagem promovidos em setembro
Os atos contra a aprovação do PL da Dosimetria reuniram cerca de 18,9 mil pessoas em Copacabana, no Rio de Janeiro, e 13,7 mil na avenida Paulista, em São Paulo, segundo o Monitor do Debate Político do Cebrap, que tem medido a quantidade de manifestantes nos protestos dos últimos anos em parceria com a ong More in Common.
O levantamento tem margem de erro de 12%, o que indica que no Rio pode ter havido de 16,7 mil a 21,2 mil pessoas no momento de pico, enquanto em São Paulo o número pode variar de 12,1 mil a 15,4 mil.
A quantidade de pessoas nos dois atos é bem menor do que a última manifestação contra a PEC da Blindagem, em 21 de setembro, que reuniu cerca de 40 mil pessoas tanto no Rio quanto em São Paulo, de acordo com os mesmos medidores.
A PEC da Blindagem acabou arquivada no Senado após aprovação na Câmara.
Esquerda
O ato do Rio foi puxado por entidades de esquerda e contou com artistas como Caetano Veloso e políticos como o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias. Em São Paulo, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Guilherme Boulos, aproveitou para convocar votação para eleger "a maior bancada de esquerda da história do Congresso".
Os manifestantes investiram contra o Congresso Nacional, reforçando campanha do governo Lula, que tenta retomar o comando das emendas parlamentares, atualmente sob investigação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Apesar dos protestos da esquerda, a direita brasileira não ficou exatamente satisfeita com a aprovação do PL da Dosimetria na Câmara. O plano era encaminhar uma anistia para os condenados pelo 8 de janeiro de 2023 e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O PL da Dosimetria está no Senado, sob relatoria de Esperidião Amin (PP-SC), aliado de Bolsonaro.
Anistia?
O senador, que vai tentar se reeleger em Santa Catarina contra Carlos Bolsonaro, já disse que é a favor da anistia e sugeriu que seu elatório pode vir a incluir o perdão em vez da redução das penas aprovadas na Ciamara.
Neste domingo, 14, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) disse que pretende apresentar um "voto em separado pela rejeição total do projeto".
"O texto do PL da Dosimetria carrega vícios insanáveis, em especial por afrouxar o tratamento penal para crimes diversos daqueles declarados pelos deputados. Vou apresentar voto em separado pela rejeição total do projeto, buscando a construção de soluções técnicas para o tema", disse Vieira em seu perfil no X.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
CESAR AUGUSTO DIAS MARANHAO
2025-12-14 21:46:29Deveriam também protestar contra outra blindagem: Na CPMI do INSS o governo está blindando suspeitos de terem participado da roubalheira. Votaram contra a convocação do irmão e do filho do lulinha, filho do lula, do diretor do Pagpay da JBS.