Netanyahu celebra sanções americanas a juízes do TPI
"Esta é uma medida firme contra a campanha de difamação mentirosa contra o Estado de Israel e as FDI", escreveu o primeiro-ministro de Israel

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (foto) celebrou nesta quarta, 20, a aplicação de sanções por parte do Departamento de Estado americano a quatro juízes do Tribunal Penal Internacional (TPI).
Os juízes foram penalizados por tomar ações contra Netanyahu, o ex-ministro da defesa Yoav Gallant e tropas americanas no Afeganistão.
Os atingidos são Kimberly Prost, do Canadá, Nicollas Guillou, da França, Nazhat Khan, de Fiji, e Mame Niang, do Senegal.
"Parabenizo o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, por impor sanções aos juízes do Tribunal Penal Internacional em Haia. Esta é uma medida firme contra a campanha de difamação mentirosa contra o Estado de Israel e as FDI [Forças de Defesa de Israel], e a favor da verdade e da justiça", escreveu Netanyahu.
Oposição à politização
O Departamento de Estado alegou que os juízes se envolveram diretamente nos esforços do TPI para "investigar, prender, deter ou processar cidadãos dos Estados Unidos ou de Israel, sem o consentimento de nenhuma das nações".
"Os Estados Unidos têm sido claros e firmes em sua oposição à politização, ao abuso de poder, ao desrespeito à nossa soberania nacional e à ilegítima interferência judicial do TPI. O Tribunal é uma ameaça à segurança nacional e tem sido um instrumento de guerra jurídica contra os Estados Unidos e nosso aliado próximo, Israel”, diz trecho da publicação oficial.
Em junho, a mesma medida já havia sido adotada contra quatro juízes do TPI por participação no mesmo processo.
Com isso, os magistrados ficarão proibidos de entrar nos Estados Unidos.
Mandados de prisão
No ano passado, o TPI emitiu mandados de prisão para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e contra a humanidade em Gaza.
Segundo o órgão internacional, a Câmara encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant “têm responsabilidade criminal pelos seguintes crimes como coautores por cometerem os atos em conjunto com outros: o crime de guerra de fome como método de guerra; e os crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
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