Milei negocia isenção de visto para argentinos viajarem aos EUA
Acordo dispensa exigência de visto tradicional para entrada no país; Apenas 42 países têm o benefício

O governo da Argentina deu início ao processo de entrada no Visa Waiver Program (VWP), programa dos Estados Unidos que permite a entrada de turistas e viajantes a negócios por até 90 dias sem a necessidade de visto.
O anúncio foi feito após o encontro presidente Javier Milei e a secretária de Segurança Nacional dos EUA, Kristi Noem, na Casa Rosada.
"O gabinete do presidente informa que a República Argentina iniciou o processo de incorporação no Visa Waiver Program, que, ao terminar com êxito, permitirá que milhões de argentinos possam viajar aos EUA para turismo ou negócios sem necessidade de visto, posicionando a Argentina em um seleto grupo com este privilégio", diz um comunicado oficial.
Proximidade
A relação entre Milei e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é próxima desde antes do republicano assumir posse em 20 de janeiro.
O argentino foi o primeiro chefe de Estado a se encontrar Trump e parte de sua equipe antes de retornar à Casa Branca.
Dias após sua vitória, o republicano convidou Milei para um jantar em seu resort em Mar-a-Lago, na Flórida.
Na ocasião, o presidente argentino celebrou a vitória de Trump: "O mundo está muito melhor porque sopram os ventos da liberdade."
Trump agradeceu os elogios de Milei e parabenizou o chefe da Casa Rosada por decisões que "tornam a Argentina grande novamente", em referência ao seu próprio tema de campanha.
Visa Waiver Program
O Visa Waiver Program (VWP) permite que cidadãos de 42 países entrem Estados Unidos para turismo ou negócios por até 90 dias, sem passar pelo processo de visto.
Para isso, devem obter autorização prévia através do ESTA (Sistema Eletrônico de Autorização de Viagem, na sigla em inglês) no site de cada consulado.
O preenchimento do formulário inclui uma taxa de US$ 21, o equivalente a R$ 114.
A maior parte dos países participantes integram a União Europeia.
Na América do Sul, apenas o Chile é membro do programa.
Os brasileiros, por exemplo, continuam precisando de visto, cujos valores ultrapassam R$ 1.000.
Em 2011, o governo Dilma iniciou as conversas para que o Brasil fizesse parte do programa.
As negociações, contudo, não avançaram.
No último ano, o Qatar se tornou o primeiro país árabe a ser incluído na lista de isenção e visto.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)