María Corina contra o "socialismo empobrecedor"
Vencedora do prêmio Nobel da Paz criticou o populismo e o clientelismo da ditadura socialista em entrevista para Crusoé, em 2019

A opositora venezuelana María Corina Machado (foto) venceu o prêmio Nobel da Paz de 2025.
Apesar das inúmeras ameaças do regime de Nicolás Maduro, ela não abandonou a Venezuela, para seguir com sua luta por democracia.
Uma qualidade que a distingue dos demais opositores venezuelanos — a grande maioria de esquerda — é sua clara defesa do livre mercado e da iniciativa privada.
Em entrevista para Crusoé em 2019, María Corina afirmou:
"Queremos mudar todo um sistema de valores. Queremos que a Venezuela saia do socialismo empobrecedor. Por várias décadas, o populismo e o clientelismo tragaram nossa nação para essa tragédia. Desejamos uma Venezuela aberta para o mundo em que vigorem as liberdades e o empreendedorismo. Em que existam investimentos e prosperidade. A Venezuela regressará ao bloco de nações ocidentais muito em breve."
María Corina também sempre apostou na queda da ditadura, seja de Hugo Chávez ou de Nicolás Maduro:
"O regime criminoso de Maduro e seus colegas já começou a cair. O colapso da ditadura é irreversível. Mas como eles têm uma mentalidade criminosa, estão dispostos a fazer qualquer coisa e semear a destruição somente para ganhar mais um dia de vida. Cada dia que passa é muito doloroso para a Venezuela. E, a cada minuto, a capacidade de Maduro fazer uma negociação real com a oposição também diminui. O ditador já não pode mais governar porque não tem recursos e nem liderança dentro das Forças Armadas. As únicas coisas que lhe sobram são a repressão e o medo", afirmou a Crusoé.
Ela também foi uma das pessoas que mais inspirou os venezuelanos a saírem às ruas:
"Os venezuelanos nunca deixaram de sair às ruas nos últimos anos. Não apenas tivemos enormes manifestações em 2014, 2016 e 2017, como ocorreram dezenas de protestos diários em várias regiões do país. Mas muitos desses atos não foram divulgados porque não há acesso à internet ou porque os meios de comunicação não falam sobre essas demonstrações de descontentamento. Hoje, os venezuelanos entenderam que passaram por um ponto de não-retorno. (...) Existe apoio internacional e muitos membros das Forças Armadas se voltaram contra Nicolás Maduro. Os venezuelanos estão coesos e determinados a dar uma ruptura histórica a esse regime", disse María Corina.
Leia em Crusoé: A grandiosidade de María Corina Machado
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Comentários (1)
ALDO FERREIRA DE MORAES ARAUJO
2025-10-10 10:26:51Além da ditadura cubana, Lula e a petralhada não vão tentar ajudar a de Maduro (que já está podre) também não? Que falta de coleguismo!