Maduro e PT juntos por uma "nova sociedade"

Nicolás Maduro participou na sexta-feira, 26, por videochamada, do "XXIX Seminário Internacional Os partidos e uma nova sociedade", promovido na Cidade do México pelo Partido do Trabalho mexicano.

A palestra do ditador venezuelano foi acompanhada in loco pelo senador Humberto Costa (foto), do PT, principal representante do partido no evento de esquerda.

No Instagram, Maduro afirmou que pode "expor claramente a verdade da Pátria Socialista, face ao cerco permanente do imperialismo americano", referindo-se à pressão do governo dos Estados Unidos sobre ele.

O governo Trump acusa o ditador venezuelano de gerenciar o cartel que financia o grupo criminoso venezuelano Trem de Aragua.

"Em nome do povo venezuelano, participei do XXIX Seminário Internacional 'Os Partidos e uma Nova Sociedade', realizado na Cidade do México e organizado pelos irmãos e irmãs do Partido do Trabalho (PT). Esta tribuna de pensamento e ação permitiu-nos expor claramente a verdade da Pátria Socialista, face ao cerco permanente do imperialismo americano, que com os seus navios de guerra pretende pilhar os nossos recursos e agredir o povo decente, trabalhador e profundamente consciente da sua história.

Continuemos a abrir caminhos para transitar a luta pela integridade dos nossos países, estabilidade política e direito ao futuro. América Latina e Caribe merecem prosperidade compartilhada, sem tutelagens nem ameaças. Obrigado ao PT [do México] por esse convite que fortalece a esperança e a resistência dos povos livres do mundo!"

O senador petista, que também discursou, disse que o encontro reuniu lideranças de esquerda que defendem "soberania, direitos plenos e justiça social como bandeiras".

"Construindo pontes para um mundo melhor! Encontro no México reúne lideranças progressistas em diálogo por uma ordem global mais justa. Com soberania, direitos plenos e justiça social como bandeiras, pavimentamos juntos o caminho para construção de uma sociedade mais justa. Ótimas conversas com Alberto Anaya (México), Marco Consolo (Itália), Hugo Móldiz (Bolívia), Andrei Shakulov, (Rússia), Adriana Salvatierra (Bolívia), Valeria Duarte (México), Omar Ramírez (Bolívia), Sacha Llorenti (Bolívia), Andrónico Rodríguez (Bolívia), Tania Díaz Roy e Alberto Daza (Venezuela)", afirmou Humberto Costa.

Embora o petista fale sobre a defesa dos "direitos plenos", a ditadura de Maduro tem cerceado os direitos políticos de seus opositores para mantê-lo no poder.

Até 29 de setembro, 838 indivíduos eram mantidos como presos políticos, segundo a ONG Foro Penal.

44 deles ainda têm o paradeiro desconhecido.