Itamaraty político procura encrenca após condenação de Bolsonaro
Nota do Ministério de Relações Exteriores tem o dedo de Celso Amorim e busca provocar os Estados Unidos, que prometeram "medidas cabíveis"

O Ministério de Relações Exteriores, Itamaraty, busca encrenca ao publicar uma mensagem sobre o julgamento da trama golpista, após a condenação de Jair Bolsonaro e outros sete réus na quinta, 11.
Mais do que isso, está rasgando a Constituição ao pautar-se pelo confronto nas relações com outros países.
Diz a nota, divulgada ainda na quinta, 11:
"O Poder Judiciário brasileiro julgou, com a independência que lhe assegura a Constituição de 1988, os primeiros acusados pela frustrada tentativa de golpe de Estado, que tiveram amplo direito de defesa. As instituições democráticas brasileiras deram sua resposta ao golpismo. Continuaremos a defender a soberania do país de agressões e tentativas de interferência, venham de onde vierem", afirma o Itamaraty.
"Ameaças como a feita hoje pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em manifestação que ataca autoridade brasileira e ignora os fatos e as contundentes provas dos autos, não intimidarão a nossa democracia", diz a mensagem.
Não cabe ao Itamaraty publicar notas sobre acontecimentos domésticos.
Não cabe ao Itamaraty, ligado ao Executivo, fazer juízo de valor sobre decisões do Poder Judiciário.
A nota, apesar de assinada pelo Itamaraty, parece muito mais um despacho de Celso Amorim, o assessor da Presidência para temas internacionais.
Amorim aposta na provocação com os Estados Unidos, rasgando a Constituição.
O artigo 4 da Constituição diz que as relações internacionais devem se pautar pelos princípios de solução pacífica de conflitos e cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, entre outros.
Se é verdade que os Estados Unidos tentaram interferir no julgamento de Jair Bolsonaro, não há nada que compele o Itamaraty a reagir na mesma moeda.
E, se estivesse preocupado com os interesses brasileiros, o Itamaraty estaria fazendo todo o possível para buscar uma conciliação.
Mas Lula e Celso Amorim não estão buscando nenhuma pacificação ou negociação com os Estados Unidos.
Os americanos já anunciaram que estavam estudando "medidas cabíveis" contra o Brasil.
Com o Itamaraty adotando esse tipo de comportamento, não há dúvida alguma que elas virão. É questão de tempo.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
Eliane ☆
2025-09-12 15:07:55Que venham essas sanções; assim pensam a dupla Lula $Amorim. Com esse leve aumento da popularidade do Lula,com certeza vão surfar nessa onda de sanções, culpando o Trump e os Bolsonaro.Espero que seja um tiro no pé.