Itamaraty omite Rússia em nota sobre ataques à Ucrânia
Nota de pesar pelas vítimas foi publicada com três dias de atraso

O Itamaraty publicou na quarta-feira, 10, às 16h36, uma nota de pesar pelas vítimas dos intensos ataques realizados pela Rússia contra a Ucrânia na madrugada de domingo, 7.
Além do atraso, o texto chama a atenção por omitir a Rússia do ditador Vladimir Putin, aliado de Lula (PT), como autora do ataque.
Eis a nota na íntegra:
"O governo brasileiro manifesta seu profundo pesar pelas vítimas dos intensos ataques realizados contra a Ucrânia, particularmente contra sua capital, realizados na madrugada de domingo (7/9). Deplora, igualmente, os danos provocados às instalações do governo ucraniano.
O Brasil reitera sua conclamação às partes beligerantes em favor do respeito ao Direito Internacional Humanitário e da busca por uma solução negociada. Reafirma, igualmente, sua disposição em contribuir para que se possa alcançar uma solução diplomática para o conflito."
O ataque russo
A Rússia lançou entre a noite de sábado, 6 de setembro, e a manhã de domingo, 7, sua maior ofensiva aérea contra a Ucrânia desde o início da guerra em 2022.
Segundo o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, as tropas de Putin dispararam mais de 800 drones e 13 mísseis, incluindo quatro balísticos, contra o país.
Pela primeira vez, um prédio do governo ucraniano, que abriga os gabinetes dos ministros em Kiev, foi atingido.
“Ataque vil”
O presidente Volodymyr Zelensky classificou o ataque como “vil”.
“Tais assassinatos agora, quando a diplomacia real poderia já ter começado há muito tempo, são um crime deliberado e um prolongamento da guerra. Já foi repetidamente dito em Washington que sanções seguirão uma recusa em dialogar. Devemos implementar tudo o que foi acordado em Paris. Também contamos com a implementação de todos os acordos para fortalecer nossa defesa aérea. Cada sistema adicional salva civis desses ataques vis. O mundo pode forçar os criminosos do Kremlin a parar os assassinatos — tudo o que é necessário é vontade política.”
Pró-Putin, anti-Zelensky
Desde o início da guerra, o presidente Lula tem dado seguidas declarações favoráveis a Putin e criticando o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Quando ainda era candidato, Lula disse em entrevista para a revista Time que Zelensky "quis a guerra".
"Eu não conheço o presidente da Ucrânia. Agora, o comportamento dele [Zelensky] é um comportamento um pouco esquisito, porque parece que ele faz parte de um espetáculo. Ou seja, ele aparece na televisão de manhã, de tarde, de noite, aparece no parlamento inglês, no parlamento alemão, no parlamento francês como se estivesse fazendo uma campanha. Era preciso que ele estivesse mais preocupado com a mesa de negociação", disse Lula.
"Ele quis a guerra. Se ele [não] quisesse a guerra, ele teria negociado um pouco mais. É assim", afirmou Lula.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (2)
Marcelo Tolaine Paffetti
2025-09-11 12:10:17Luis Inácio Hipócrita da Silva
Marcio Gama
2025-09-11 11:58:25Governo de vermes morais.