Itamaraty mostra que tem lado em nota sobre atentado em Ramot
Diplomatas brasileiros sugerem que "ataque a tiros" em "Jerusalém Oriental" poderia ter sido evitado "mediante uma solução política"

O Ministério de Relações Exteriores do Brasil, Itamaraty, divulgou nesta terça, 9, uma nota lamentando a morte de seis pessoas (foto) em Ramot, Israel.
O texto breve, de apenas dois parágrafos, mostra em três momentos de que lado está o Itamaraty na história: contra Israel.
Em primeiro lugar, a nota não fala em atentado terrorista, e sim em "ataque a tiros".
Em segundo lugar, os diplomatas brasileiros situam a localidade do ataque em Jerusalém Oriental. Na verdade, o caso ocorreu ao norte da capital.
O objetivo, provavelmente, é insinuar que as vítimas estariam ali em situação irregular, o que as teria exposto ao perigo.
"O governo brasileiro condena o ataque a tiros realizado ontem nas proximidades do assentamento de Ramot, em Jerusalém Oriental, que provocou seis mortes e diversos feridos", escreveu o Itamaraty.
Por fim, o Itamaraty sugere que o ataque seria o resultado do fracasso de uma negociação política.
Mas o Ministério não cita que negociação política seria essa, com quem seria feita ou sobre qual assunto.
"Ao transmitir condolências aos familiares das vítimas e ao povo israelense, o Brasil manifesta seu repúdio a atos de violência de qualquer natureza, e reafirma sua convicção de que a paz na região somente será possível mediante uma solução política", diz o Itamaraty.
Os fatos
Para entender o que de fato aconteceu, o melhor é ler o texto do Ministério de Relações Exteriores de Israel:
"Na manhã de segunda-feira, 8 de setembro de 2025, dois terroristas abriram fogo dentro de um ônibus, no cruzamento de Ramot, em Jerusalém. Seis pessoas morreram no ataque e 21 ficaram feridas. O local do ataque, próximo a vários bairros ultraortodoxos, está entre os cruzamentos mais movimentados de Jerusalém e frequentemente está lotado de pessoas esperando por ônibus, caroneiros, pedestres e outros", diz o texto.
"Segundo relatos, os agressores usaram submetralhadoras Carlo, uma arma de fogo improvisada comumente produzida em oficinas palestinas na Cisjordânia, do mesmo tipo usado em vários ataques anteriores. Aparentemente, eles chegaram de veículo, embarcaram no ônibus número 62 que havia parado na estação e abriram fogo contra os passageiros."
"Equipes de emergência relataram grandes danos ao redor de um ponto de ônibus e arredores, com cacos de vidro espalhados pela calçada. Paramédicos do MDA prestaram atendimento de emergência no local antes de evacuar os feridos para hospitais em Jerusalém. Um oficial das Forças de Defesa de Israel (IDF) e vários civis armados no ponto de ônibus enfrentaram os terroristas e revidaram, matando ambos. Os terroristas tinham cerca de 20 anos e eram de cidades nos arredores de Ramallah, El-Kubeiba e Katanna", afirma a nota oficial.
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