Governadores atropelam Lula na segurança pública
Inaptidão do governo federal na pauta que mais preocupa os brasileiros leva governadores a tomarem a dianteira
 
                        O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, esteve no início da tarde desta quinta, 30, no Rio de Janeiro.
Ele conversou com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e anunciou que enviará vinte peritos criminais da Polícia Federal para apoiar o estado.
O envio seria o primeiro resultado de um "escritório emergencial de combate ao crime", anunciado na quarta.
O resultado desse encontro com Lewandowski, se existir, será pífio.
No final da tarde, outra reunião, muito mais relevante, teve início.
Claudio Castro encontrou-se com cinco outros governadores da oposição: Tarcísio de Freitas, de São Paulo (remoto); Romeu Zema, de Minas; Jorginho Mello, de Santa Catarina; Ronaldo Caiado, de Goiás, e Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul.
A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, também compareceu.
Foi uma clara demonstração de força e de oportunismo político.
Enquanto o presidente Lula se esconde para não falar sobre a megaoperação Contenção, no Rio de Janeiro, os governadores assumiram para si, sozinhos, a missão de achar uma solução para o problema da segurança.
E vale notar: os governadores não estão propondo uma solução apenas para seus estados.
Se fosse assim, não seria necessário um encontro desse tipo.
Com o anúncio do "Consórcio da Paz", os governadores estão propondo ações de caráter amplo, regional, nacional.
"Faremos um consórcio para que nós possamos dividir experiências, soluções e ações no combate ao crime organizado e na libertação do nosso povo", disse Cláudio Castro.
"O Brasil tem duas opções. Se você quer ter opção do ‘Lula-Maduro’, fique com eles. Se você quer ter uma opção do Castro, nós e tudo mais… Nós queremos seriedade, queremos a lei, vocês fiquem conosco. Esse é o divisor de águas, o divisor de águas é moral. Moral, tá certo? Quem quer cumprimento da lei e instalação da democracia, tá aqui. Esta operação do Rio de Janeiro será o divisor de água no combate à corrupção e o combate ao narcotráfico desse país", afirmou Ronaldo Caiado, de Goiás.
Diz a Constituição Federal, no seu artigo 144, que a segurança pública "é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos".
Se o governo federal não faz a sua parte, então chegou a hora de os governadore estaduais tomarem o palco.
 
                            
                         
                     
                                                                     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
   
   
   
  
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)