Ex-presidente francês Sarkozy vai deixar a cadeia
Sarkozy foi condenado em setembro por conspiração criminosa e preso em 21 de outubro em Paris
O Tribunal de Apelações da França concedeu nesta segunda-feira, 10, regime de liberdade provisória ao ex-presidente Nicolas Sarkozy, condenado em setembro por conspiração criminosa e preso em 21 de outubro em Paris.
Sarkozy, de 70 anos, deve deixar a prisão de La Santé à tarde.
Embora tenha acatado o recurso da defesa, o tribunal proibiu Sarkozy de deixar o território francês e de entrar em contato com pessoas-chave, incluindo co-réus e testemunhas no caso.
"Sou francês. Amo meu país. Luto para que a verdade prevaleça. Cumprirei todas as obrigações que me forem impostas, como sempre fiz", disse Sarkozy em audiência durante a manhã.
"É difícil. Muito difícil — como deve ser para qualquer detento. Eu diria até que é desgastante", acrescentou ao falar sobre a prisão.
A prisão de Sarkozy
Nicolas Sarkozy começou a cumprir pena de cinco anos em 21 de outubro. Ele é o primeiro ex-presidente francês a ser preso desde o Marechal Philippe Pétain, condenado após a Segunda Guerra por colaborar com o regime nazista.
O Tribunal Criminal de Paris condenou Sarkozy em setembro por conspiração criminosa. Segundo a sentença, ele autorizou aliados a buscar recursos do ditador líbio Muammar Kadafi para financiar a campanha presidencial de 2007. O ex-presidente nega envolvimento e prometeu recorrer da sentença.
A juíza Nathalie Gavarino determinou execução imediata da pena, sem esperar o julgamento do recurso. A decisão é rara na França e gerou críticas por suposta violação da presunção de inocência. O tribunal justificou a medida pela “gravidade da perturbação da ordem pública” provocada pelos fatos.
Sarkozy, de 70 anos, chegou à prisão acompanhado da mulher, Carla Bruni, e dos filhos. Ele estava isolado em cela de cerca de 10 metros quadrados, equipada com chuveiro, mesa e frigobar.
Por razões de segurança, ele não tinha contato com outros presos e podia sair ao pátio duas vezes por dia.
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