Crusoé nº 387: A alternativa Ratinho Jr. 

Por muito tempo, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou a apoiadores no cercadinho montado na entrada do Palácio da Alvorada que a indecisão já é um tipo de decisão.

Na política, a falta de decisão de terminados grupos gerou oportunidades únicas em um passado não muito distante: em 2018, a resistência de Lula em chancelar a candidatura de Fernando Haddad abriu caminho para Bolsonaro. Agora, um cenário parecido pode alavancar uma candidatura do governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), para a Presidência da República.

Ratinho Jr. – ou apenas Júnior, para os mais íntimos – tem dito a aliados, e já disse também ao presidente do PSD, Gilberto Kassab, que é candidatíssimo ao Palácio do Planalto no ano que vem. Mas ele tem consciência de que não é o plano A do próprio partido.

Embora mais consistente, na visão de caciques do Centrão, do que a alternativa Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ratinho e Kassab sabem que uma disputa para o Palácio do Planalto dependerá, e muito, da ausência do governador de São Paulo na corrida nacional, diz Wilson Lima em "A alternativa Ratinho Jr.", a reportagem de capa da edição desta semana de Crusoé.

Outros destaques de Crusoé

Em "A cartada da isenção do IR", Guilherme Resck mostra como o Congresso avançou com fim da cobrança do imposto para nova faixa e deve dar trunfo a Lula na corrida eleitoral.

Na reportagem "O tortuoso caminho de Milei", José Inácio Pilar conta que o presidente argentino enfrenta momento delicado na economia e na política. Se não acertar o passo, a situação pode desandar rapidamente.

A matéria "Paz incerta em Gaza", de João Pedro Farah, revela que o plano de paz de Donald Trump para a Faixa de Gaza tem apoio da sociedade israelense, mas enfrenta obstáculos políticos e dúvidas sobre efetividade prática.

Colunistas

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Nesta edição, escrevem Roberto Reis (O trabalho sujo que ninguém quer fazer), Dennys Xavier (A escravidão de um brasileiro), Bruno Soller (Portugal vive o clima do Chega), Márcio Coimbra (A armadilha chinesa), Gustavo Nogy (Não quero saber o sentido da vida num sábado à tarde) e Rodolfo Borges (Há virtude no egoísmo do Flamengo?).

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