China cria réplica de porta-aviões americano no deserto
É uma mensagem direta a Washington de que sua supremacia naval está ameaçada que a China não pretende recuar

No meio do deserto de Xinjiang, longe do mar e do barulho dos canhões, a China construiu uma réplica gigantesca, e móvel, de um porta-aviões americano.
Um monstro de concreto e metal, montado sobre trilhos que permitem simular o movimento real de navios, como se navegasse mesmo pelas águas. A ideia? Transformar o deserto em um campo de batalha onde a força aérea e a marinha chinesa treinam para enfrentar de verdade os EUA.
Mas não para por aí. Em 2025, o complexo foi ampliado e agora inclui também réplicas realistas de aviões de alerta antecipado, como o P-8A Poseidon e o U-2, e caças de última geração, como o F-35.
Esses alvos não são decorativos. Eles servem para testar o poder dos mísseis chineses, principalmente o temido DF-26, chamado “assassino de porta-aviões”, capaz de perseguir e destruir alvos em movimento com alta precisão.
O que está acontecendo ali vai muito além do simbólico. É a materialização da estratégia militar chinesa chamada negação de acesso e área, ou A2/AD. Basicamente, a China quer impedir que a marinha americana e suas forças aliadas operem livremente perto de suas águas e de territórios que considera estratégicos, como o Mar do Sul da China e o Estreito de Taiwan.
Se o “porta-aviões” se mexe no deserto, é para garantir que, se a guerra vier, a China estará pronta para reagir rápido e com força contra os alvos reais operados pelos americanos.
Especialistas de vários países observam com atenção. A construção desses alvos móveis, o uso de tecnologia para simular cenários reais de combate, não é só um sinal de que a China está investindo pesado, é uma mensagem direta a Washington de que sua supremacia naval no Indo-Pacífico está ameaçada, e a China, que já está construindo seu quarto porta-aviões, o primeiro nuclear, não pretende recuar.
Enquanto isso, o deserto de Xinjiang, que já parecia uma paisagem esquecida, virou palco de uma disputa que mistura geopolítica, tecnologia militar e poder. Por ali, a China mostra que está disposta a fazer mais que treinar, quer dominar. E para isso, está criando condições reais para que a guerra, se vier, não seja surpresa.
Esse porta-aviões no meio do deserto representa o afinco chinês na mudança do jogo naval mundial, sua nova ambição e a preparação para um confronto que pode redefinir o futuro do equilíbrio militar mundial.
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