Brasileiros veem aumento do risco de corrupção com 'orçamento secreto'
Pesquisa mostra que 63,6% dos eleitores associam as emendas ao aumento do risco de corrupção e mau uso de recursos públicos

Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda, 8, aponta que 63,6% dos eleitores associam as emendas de relator, conhecidas como 'orçamento secreto' ao aumento do risco de corrupção e ao mau uso do dinheiro público.
Entre os entrevistados, 13% consideram um "instrumento importante", mas que deveria ser melhor regulamentado.
Outros 7,4% dizem não fazer diferença, enquanto apenas 5,6% o aprovam por "trazer mais recursos para cidades".
Já 10,3% não sabem ou responder.
Transparência
Quando questionados sobre como evitar o mau uso dos recursos oriundos das emendas de relator, 37% defendem extinguir esse tipo de recurso.
Entre 35,5% dos entrevistados, o ideal seria manter o valor, mas divulgando individualmente cada gasto.
Para 10%, o melhor seria reduzir o valor total do orçamento secreto.
Já 6,5% preferem manter o mecanismo da forma como está.
O levantamento ouviu 2.002 pessoas entre os dias 3 e 6 de setembro.
A margem de erro é de 2.2 pontos percentuais para mais ou menos.[
Orçamento secreto
O orçamento secreto é o nome popular dado às emendas de relator, uma forma de repasse de verbas públicas federais sem transparência.
Nesse modelo, deputados e senadores indicavam recursos do Orçamento da União por meio do relator-geral, sem que seus nomes fossem divulgados oficialmente.
Em 2022, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou o orçamento secreto inconstitucional.
O Congresso Nacional, então, substituiu a medida por emendas individuais, de bancada e de comissão.
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