Aliados de Maduro "esperam momento certo para tirá-lo", diz ex-presidente colombiano
Em entrevista, Ivan Duque classificou Gustavo Petro como o "maior apoiador" do ditador venezuelano
O ex-presidente da Colômbia, Iván Duque (foto), afirmou que "muitas pessoas próximas" ao ditador venezuelano, Nicolás Maduro, "estão esperando a hora certa para tirá-lo do poder".
Em entrevista ao Infobae, Duque comentou sobre o problema do narcotráfico a influência de regimes autoritários na América Latina.
"Se quisermos resolver a situação do narcotráfico, devemos desmantelar a narco-ditadura na Venezuela, que tem fornecido recursos, proteção e refúgio a muitos cartéis e a muitos terroristas que, vindos da Colômbia, uniram forças com os cartéis mexicanos. Em termos de migração, se quisermos resolver o problema da migração em massa em direção à fronteira sul dos Estados Unidos, precisamos resolver a situação na Venezuela para que as pessoas possam retornar para seus entes queridos e reconstruir suas vidas.
No caso específico da China, há uma situação em que alguns países ultrapassaram as meras relações comerciais e permitiram certas ações chinesas, estabelecendo uma presença estratégica que os Estados Unidos consideram uma ameaça ou algo com que não concordam. Acredito que, hoje, a América Latina deve ser uma terra de democracia, investimento e oportunidades."
Petro e Maduro
Duque classificou Gustavo Petro, atual presidente colombiano, como o "principal aliado de Maduro no hemisfério".
"Não haverá paz na Colômbia enquanto houver um regime narcoditatorial na Venezuela. Se a Colômbia tivesse tido um governo ou governos alinhados com a luta contra o terrorismo, teríamos eliminado as FARC e o ELN há muito tempo. Mas quem lhes forneceu combustível, proteção, refúgio e apoio foi o regime narcoditatorial de Chávez e Maduro", afirmou.
Seguno ele, uma eventual vitória de um candidato governista nas próximas eleições agravaria a crise política na Colômbia.
A tendência é que o senador Iván Cepeda seja apoiado por Petro.
Apesar disso, Duque destacou uma tendência positiva na região.
"A América Latina está cada vez mais consciente de sua postura antiditatorial."
Duque presidiu a Colômbia entre 2018 e 2022.
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