A grandiosidade de María Corina, de novo
Ao contrário dos populistas, ela não se coloca como alguém indispensável, não faz autoelogios e não cobra subserviência dos que integram o povo que ela defende

A venezuelana María Corina Machado (foto), vencedora do Nobel da Paz de 2025, é um exemplo de alguém que dedicou sua vida para lutar pelos outros.
Mas, ao contrário dos populistas latino-americanos, de esquerda e de direita, ela não se coloca como alguém indispensável.
Ela não enaltece o seu sacrifício pessoal, não faz autoelogios e não cobra subserviência dos que integram o povo que ela defende.
María Corina atua com humildade, sem ambição pessoal, evitando qualquer traço de personalismo.
Quando recebeu a notícia do prêmio Nobel da Paz pelo telefone, ela afirmou:
"Sinto-me honrada, humilde. Sou muito grata em nome do povo venezuelano. Ainda não chegamos lá. Estamos trabalhando muito para conseguir, mas tenho certeza de que venceremos. E este é certamente o maior reconhecimento ao nosso povo, que certamente o merece. Então, muito obrigada", disse María Corina, ao ser acordada pelo telefonema.
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A reação nesta sexta, 10, foi muito parecida com a que ela teve em outubro do ano passado, quando foi agraciada com o prêmio Sakharov, concedido pelo Parlamento Europeu.
Naquela fez, ela dividiu o prêmio com Edmundo González Urrutia
Na sua reação, María Corina não falou na primeira pessoa do singular, mas respondeu em nome do "movimento democrático venezuelano".
Em uma mensagem publicada nas redes sociais, ela escreveu: "Fiquei honrada ao acordar hoje com a notícia de que o Parlamento Europeu deu o Prêmio Sakharov 2024 para o movimento democrático venezuelano", escreveu.
"O prêmio Sakharov reconhece a liberdade de consciência e hoje é dado a todos os venezuelanos perseguidos justamente por atuar com base na consciência pessoal. Esse reconhecimento é para cada preso político, asilado, exilado e cada cidadão do nosso país que defende o que pensa, a verdade, e que se levanta todos os dias com o desejo e o esforço permanente de obter a liberdade para a Venezuela. Além disso, reconhece Edmundo González Urrutia, um homem valente e íntegro que conta com a confiança do povo venezuelano como presidente eleito", disse María Corina.
Sua grandiosidade, aliás, já tinha aparecido quando, após vencer com folga as eleições primárias da oposição, ela foi inabilitada pelo regime.
María Corina, então, encampou a campanha de Edmundo González Urrutia, viajando com ele por todo o país e pedindo votos.
A opositora ainda se colocou como uma aluna, que aprende com os venezuelanos.
"(Os venezuelanos) me ensinaram que, apesar de todas as dificuldades, tudo vale a pena quando apostamos por completo na verdade e na vida", escreveu ela.
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Comentários (4)
Marcia Elizabeth Brunetti
2025-10-10 17:04:15Que belo exemplo ela deixa para o Mundo. Um tapa sutil na cara de Maduro, Lula e companheiros comunistas em geral.
Eliane ☆
2025-10-10 14:41:00Que mulher espetacular . Um exemplo a ser seguido.
Mara
2025-10-10 14:36:30Uma mulher digna!
Lilian Ermida
2025-10-10 13:57:44Foi emocionante a reação dela! Um verdadeiro exemplo a ser seguido!!!!