46% dos brasileiros apoiam impeachment de Moraes
Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, já afirmou várias vezes que não pautará destituição de ministro do STF

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda, 25, aponta que 46% dos brasileiros são a favor do impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes (foto).
Outros 43% se dizem contra o impeachment.
Já foram apresentados ao menos 29 pedidos de impeachment de Moraes no Senado, Casa que tem a prerrogativa de destituir um ministro do STF caso dois terços dos senadores aprovem a ideia.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, tem se negado a pautar o assunto, mesmo após a oposição ter reunido 41 assinaturas pedindo para ele fazer esse gesto.
No início de agosto, Alcolumbre afirmou que nem mesmo com 81 assinaturas — o número total de senadores — ele estaria disposto a pautar o impeachment.
Alcolumbre é considerado amigo de Moraes e políticos de seu partido, o União Brasil, estão sendo investigados pela Polícia Federal na Operação Overclean, o que deixa o senador mais cauteloso com o Judiciário.
Até agora, nunca o Senado pautou o impeachment de um ministro do STF.
Lei Magnitsky
Apesar de um número maior de brasileiros aprovar o impeachment de Moraes, uma maioria considera injusto o uso da Lei Magnitsky contra Moraes.
De acordo com a Genial/Quaest, 49% dos brasileiros acham que a ação do governo americano é injusta.
Outros 39% apoiam o uso da lei que pune violadores graves dos direitos humanos contra Moraes.
Esperança
À agência de notícias Reuters, o ministro Alexandre de Moraes, do STF disse acreditar que o próprio poder Executivo dos Estados Unidos, chefiado por Donald Trump, reverterá as sanções aplicadas contra ele com base na Lei Magnitsky.
“Assim que as informações corretas forem repassadas, como está sendo feito agora, e as informações documentadas chegarem às autoridades americanas, acredito que não será necessária nenhuma ação legal para reverter [as sanções]. Acredito que o próprio poder executivo dos EUA, o presidente, as reverterá”, disse.
Questionado por que acreditava em um recuo do governo Trump sobre as sanções, Moraes afirmou estar ciente das divisões internas na Casa Branca que atrasaram as sanções.
“Houve relutância no Departamento de Estado e grande relutância no Departamento do Tesouro”, disse Moraes, sem explicar como recebeu a informação.
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